quatro meses da Conferência do Clima da ONU, a COP30, marcada para novembro em Belém, o setor hoteleiro da capital paraense uniu esforços para garantir condições especiais de hospedagem aos delegados de países em desenvolvimento que participarão com apoio financeiro da ONU.
Segundo fontes ouvidas pela Coluna Olavo Dutra, os principais hotéis da cidade se comprometeram, informalmente, a reservar apartamentos com tarifas ajustadas exclusivamente para essas delegações, numa tentativa de evitar críticas e assegurar a presença de todas as nações no evento.
“Fizemos um esforço pra não nos tornarem os vilões da COP30”, relatou uma fonte da rede hoteleira. “Todos os grandes hotéis ofereceram apartamentos para atender os delegados menos favorecidos, subsidiados pela ONU. O resto continua valendo a lei do mercado”, revelou a fonte.
Climão nos bastidores
Apesar da iniciativa, o clima nos bastidores é de crescente apreensão. Belém ainda não sabe oficialmente quais delegações internacionais devem comparecer à conferência, o que dificulta o planejamento logístico e turístico.
Além disso, o cerco de tempo está se fechando, e a indefinição preocupa empresários e autoridades locais.
Sem cobertura
Outro sinal de alerta vem do cenário internacional. Nos bastidores do evento preparatório da ONU realizado recentemente em Bonn, na Alemanha, foi amplamente comentada a decisão de diversos veículos da imprensa internacional de não enviarem equipes próprias a Belém.
A cobertura da COP30 deve ficar majoritariamente a cargo das agências de notícias, como Reuters e France Presse - o que pode reduzir a visibilidade midiática direta do evento.
Mudança de interlocução
Internamente, o setor hoteleiro também comemora uma mudança de interlocução com o governo estadual. O diálogo com o titular da Secretaria Extraordinária da COP30, de Comunicação, Valter Correia, foi encerrado, e os representantes do setor passaram a tratar diretamente com a vice-governadora Hana Ghassan. “O bom disso é que defenestramos esse secretário Valter das negociações. Agora só conversamos com a vice-governadora”, afirmou a fonte.
Cobrança ganha eco
Justamente em Bonn, onde essas movimentações de bastidores ganharam força, o Brasil foi duramente cobrado por representantes de países desenvolvidos e em desenvolvimento quanto aos atrasos na organização da COP30.
Entre as críticas mais contundentes, destacaram-se os preços considerados “exorbitantes” da rede hoteleira de Belém, a falta de uma plataforma oficial de reservas prometida pelo governo federal e a escassez de informações práticas para as delegações. “Do jeito que está, não dá”, foi o recado direto ouvido pela comitiva brasileira. A pressão internacional aumentou, com o risco de esvaziamento logístico e diplomático da conferência sendo colocado de forma explícita pelas delegações.
Papo Reto
•Em Bragança, a casa de aposta foi aberta pela boa vontade dos apoiadores do ex-prefeito Raimundo Oliveira. É mais quem aposta que Raimundão tem tudo para se livrar das garras da Justiça.
•É o caso em que se pode dizer: para “voltar ao paraíso”, onde derrapou por várias formas e meios - daí ter sido condenado inclusive a perda de direitos políticos -, Raimundo Oliveira precisa combinar com Eva - a desembargadora Eva do Amaral Coelho (foto).
•De um especialista no assunto: “Todo esse problema de alagamento em nossa querida Belém é reflexo do desvio da água do Canal da Doca, da Tamandaré e de outros canais”. Recado dado.
•A direção da Cohab precisa explicar ao distinto público as razões pelas quais o horário de expediente tem sido esticado até 1 horas da madrugada. Parece mais comitê político; e não é?
•Por conta do colapso financeiro do governo federal - apesar dos sucessivos recordes na arrecadação -, a Agência Nacional de Transportes Terrestres é mais um órgão prestes a paralisar suas atividades.
•Parlamentares enxergaram "afronta" e "ameaça à democracia" na insistência do governo em manter aumento do IOF por decisão do STF.
•A Polícia Civil de São Paulo elucidou o maior ataque hacker do País, prendendo envolvido no desvio de R$ 541 milhões do sistema do Banco Central.
•O ataque rendeu R$ 1 bilhão aos hackers, porém outros estragos ainda estão sendo avaliados.
•A Anvisa aprovou testes da vacina contra gripe aviária do Instituto Butantan em humanos.